QUAL O MUNDO QUEREMOS PARA NOSSOS FILHOS?
Em um determinado shopping, de determinada cidade me deparei com o brinquedo desta foto.
O fato que me espantou foi verificar em pleno século XXI que ainda temos brinquedos infantis, com objetivos bélicos e de abater alvos.
Para minha surpresa ao verificar tal mimo, descobri que os "alvos" eram em sua maioria índios.
Nem vou entrar no mérito da
"americanização" dos brinquedos de nossas crianças.
Mas o que mais me intrigou não foi a surrealidade do brinquedo, totalmente desconectado com as modernas maneiras de se tratar as atividades lúdicas para crianças.
Mas foram os pais que vi, incentivando seus filhos a atirarem nos "alvos estigmatizados", com frases como "mata filho" "você deixou aquele em pé".
Sinceramente, esse é o mundo que queremos para nossos filhos?
não pode ser...
Quero um mundo onde os brinquedos sejam incentivadores de amor. Quero um filho amoroso, solidário.
Meu filho não tem que aprender a "ser homem", mas sim aprender que violência não é um brincadeira, nem uma opção, que cozinha não é lugar de mulher, que ele pode chorar o quanto quiser.
Em um mundo cinza e sombrio que desponta nestes anos, o fascismo parece uma questão quase hereditária, passando de pais reacionários para crianças cada vez menos acostumadas ao amor.
Quero menos cavalos encelados, revolveres apontados e índios mortos nos parques, nos desenhos.
Quem sabe o mundo dos nossos filhos não será de menos preconceitos, violência e dor.
Já fracassamos com o nosso mundo...
Será justo fracassar com o futuro mundo deles também?