domingo, 2 de junho de 2013


NESTA SEMANA TEMOS O LANÇAMENTO DA OBRA: "GESTÃO PÚBLICA E SEUS DESAFIOS NO SÉCULO XXI". 


EM NOSSO CAPÍTULO DEBATEMOS:

 O PODER PÚBLICO FRENTE ÀS INTERNAÇÕES INVOLUNTÁRIAS - UMA ANÁLISE EM RELAÇÃO À INSTITUCIONALIZAÇÃO DA SEGREGAÇÃO E A PROFILAXIA SOCIAL




Capa do Livro "Gestão Pública e sua implicações no século XXI"


ESTE ARTIGO...

tem como objetivo traçar uma relação entre a efetividade, por parte do Estado, de ações intervencionistas, como as internações e abrigamentos involuntários de drogodependentes, e a edificação de uma política segregacionista, higienista e estigmatizante. Em uma perspectiva político-ideológica e constitucional este artigo visa destacar e questionar a legalidade dos internamentos e abrigamentos involuntários efetivados e chancelados pelo poder público. Sem embargo, os procedimentos de internação são analisados como medidas de profilaxia social e estigmatização de sujeitos, destituídos de critérios humanísticos sem alicerces nas políticas de redução de danos, na reforma psiquiátrica e na reinserção do drogodependente na sociedade. Internações involuntárias que se traduzem em uma efetivação e institucionalização da segregação de sujeitos estereotipados e marginalizados. Surgimos então, neste trabalho, com o desígnio de questionar e discutir as políticas públicas voltadas aos drogodependentes e tangencialmente as demais parcelas excluídas da sociedade e a imperiosidade de junção entre o Direito e a Saúde e a garantias dos direitos fundamentais do cidadão. 

Embora o verniz seja de ação protetiva do Estado perante a sociedade, as internações involuntárias crescem na medida em que o poder público se ausenta de seus deveres e obrigações essenciais.



Arte: Carlos Latuff.